terça-feira, 21 de julho de 2009

Esta nostalgia...


Vamos fazer mais uma daquelas viagens só nossas e parar em cada recanto apreciando novas descobertas paisagistas e históricas, ao som de todo o Jazz, Beatles, Eric Clapton, Bob Marley, o que quiseres... Nem acredito no dia em que bateste implacavelmente com a porta, e te ausentaste de forma infinita.
Severo sempre que fosse preciso, mas raras as vezes deixavas essa faceta vir ao de cima, sempre seguro e determinado, nunca muito presente, mas sim distante, contudo eras aquele lado masculino insubstituível neste meu espaço agora tão vazio.
E agora quase não te reconheço, é difícil imaginar que um dia já foste elemento, e triste sabe-lo que já não o és, lamentavelmente... Espantosa a falta que ainda me fazes, e a nostalgia que me dá, por vezes boa ou má, quando me ocorrem memorias tuas, do homem que aos meus olhos um dia foste...
Um dia alcancei-te, senti-te presente, deste-me a conhecer o prazer da musica, a sensibilidade e o poder de a conseguir apreciar com alma.
Tu ensinaste-me um dia a rir às gargalhadas, com aquelas palhaçadas só tuas, tão unicamente tuas pai... sim pai... agora custa, mas sei que um dia já foste e que apesar de toda a reviravolta o sentimento de filha não desvaneceu...



Sofia Proença Gonçalves